EGFR
Itens relacionados
EGFR - Pesquisa PCR do gene EGFR
Identificação de mutação somática no gene EGFR em vários tipos tumorais.
Prazo:
5 dias úteis após recebimento da amostra
Material / Meio de coleta:
Tecido tumoral / Bloco de parafina
Técnica:
PCR / RT-PCR / qPCR / Eletroforese Capilar
Topografia:
Cabeça e pescoço, Pulmão, Sistema nervoso central, Sistema reprodutor e urinário
Aplicação Clínica:
Diagnóstico, Preditivo e tratamento
Indicações para o teste:
- Gene codifica uma proteína receptora de membrana tirosina quinase (EGFR) envolvida na sobrevivência e proliferação celular.
- Mutado em diversos tumores: Carcinoma de pulmão não-pequenas-células, carcinoma papilar de tireóide, carcinoma de ovário, gliomas, etc.
- Indica benefícios no tratamento com terapias anti-EGFR.
- Câncer de pulmão: 35% de todos carcinomas não de pequenas células.
- Mutação T790M indica resistência inibidores tirosina quinase de 1a e 2a geração.
Procedimento e interpretação do teste:
- Tipo de amostra: tecido tumoral.
- Preparação da amostra: Fixação de formalina (formalina tamponada neutra a 10%) e tecido embebido em parafina. Proteger do calor excessivo. O bloco de tecido será devolvido após o teste. Bloco de tecido ou 4 lâminas de 5 mícrons não coradas. (Mínimo: 3 slides).
- Extração de DNA, avaliação qualitativa e quantitativa.
- Metodologia: O DNA é amplificado para detectar mutações dos exon 18 (G719A/C/S), exon 21 (L858R, L861Q), exon 20 (t790m, s768i), deleções do exon 19, e inserções do exon 20 do EGFR.
Relevância clínica:
A proteína EGFR é ativada pela ligação de ligantes específicos, resultando na ativação da via RAS/MAPK. A ativação desta via induz uma cascata de sinalização, levando à proliferação celular. A desregulação da via RAS/MAPK é um fator chave na progressão tumoral para muitos tumores sólidos.
Terapias direcionadas a tumores que abrigam mutações ativadoras no domínio da tirosina quinase EGFR (exons 18-21) demonstraram algum sucesso no tratamento de um subconjunto de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC).
Como resultado, o estado de mutação do EGFR pode ser um marcador útil pelo qual os pacientes são selecionados para terapia direcionada ao EGFR.
A presença da mutação V600E no oncogene BRAF, e que ocorre em 4% dos adenocarcinomas colorretais, é preditiva de resposta desfavorável às terapias anti-EGFR.
Mutações específicas no gene KRAS estão relacionadas com respostas desfavoráveis aos anticorpos monoclonais anti-EGFR em adenocarcinomas colorretais.
Resultados e considerações:
- Negativo: Mutações, deleções, inserções no gene EGFR não detectadas.
- Positivo: Mutações, deleções, inserções no gene EGFR detectadas.
Os resultados devem ser interpretados no contexto dos achados clínicos, história familiar e outros dados laboratoriais. A interpretação incorreta dos resultados pode ocorrer se as informações fornecidas forem imprecisas ou incompletas.
Referências:
- Sharma SV, Bell DW, Settleman J, Haber DA: Epidermal growth factor receptor mutations in lung cancer. Nat Rev Cancer. 2007 Mar;7(3):169-181. doi: 10.1038/nrc2088
- Gao G, Ren S, Li A, et al: Epidermal growth factor receptor-tyrosine kinase inhibitor therapy is effective as first- line treatment of advanced non-small-cell lung cancer with mutated EGFR: a meta-analysis from six phase III randomized controlled trials. Int J Cancer. 2012 Sep 1;131(5):E822-829. doi: 10.1002/ijc.27396
- Mok TS: Personalized medicine in lung cancer: what we need to know. Nat Rev Clin Oncol. 2011 Aug 23;8(11):661-668. doi: 10.1038/nrclinonc.2011.126
- Lee CS, Sharma S, Miao E, Mensah C, Sullivan K, Seetharamu N: A comprehensive review of contemporary literature for epidermal growth factor receptor tyrosine kinase inhibitors in non-small cell lung cancer and their toxicity. Lung Cancer (Auckl) 2020 Oct 7;11:73-103. doi: 10.2147/LCTT.S258444